terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Conto com o Ano Novo

branco, amarelo, vermelho.. paz, dinheiro, amor.
o ano novo já está dando o ar da graça, ele que é mais uma data estranha com poder de mexer com os nossos sentimentos. sim, porque por mais que o nosso planeta agua tenha feito mais uma volta em torno do Sol, ninguém realmente dá importância a isso. ao motivo da data. acredito que para 99% das pessoas seja um dia para encher a cara e criar coragem para fazer promessas.
o ano novo é um remédio para o mundo. uma verdadeira injeção de boa vontade; 'esse ano não foi bom, mas ele tá indo, o próximo vai ser melhor'. parece que naquele instante em que os fogos começam a explodir a gente pode ver o futuro e sorrir; porque já que estamos comemorando um começo sem dúvidas estamos cheios de otimismo!
nesse dia até o passado fica doce. 'esse ano passou rápido', tem certeza? você sofreu tanto, se estressou tanto, se desgastou e envelheceu; e o ano passou rápido? não! ele foi tão devagar quanto todos os outros, quanto os seus momentos bons ou ruins, mas passou. vamos estourar o champanhe pelo passado, e usar calcinha vermelha pelo futuro. siiim, vamos comemorar, pelo menos uma vez por ano, a gente vai dormir cheio de esperanças com o dia seguinte.

que nesse ano não falte nada aos meus amigos; que os meus inimigos continuem me odiando como sempre, mas com um pouco de sensatez na hora de mentir; que todos que desejam paz, amor e dinheiro a tenham, mesmo sem merecer; que coisas boas aconteçam para pessoas boas, e para ruins também para que o mundo continue sendo maravilhosamente injusto... na verdade, a única coisa que eu quero de fato desse ano novo é que as pessoas diminuam sua dose diária de hipocrisia, ela sim é a causa de todos os meus problemas.
mil beijos, belos fogos de artifício a todos. (adoro os fogos de artifício!)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

será que é?

não sei dizer se esse sentimento realmente acalma, ou na verdade trás uma euforia tão inovadora e desconhecida que a cada vez que ela chega nós não temos muita opção a não ser respirar fundo e maravilhar o mundo. não consigo entender porque ninguém define essa contradição. como é possível que tantos gênios não me expliquem; porquê diabos eu quero algo que me faz chorar de manhã cedo, sorrir a tarde e dormir preocupada? quero que alguém me diga como algo que faz tão mal, consegue ser o bem maior. como é sublime e inigualável se é indescritível? não precisa me mostrar o rosto porque cada um me descreveria uma face diferente; alto, forte, barbudo.. foda-se, me diz de modo geral.. qualquer coisa que o defina.
ou talvez você seja assim pra agradar gregos e troianos. você, seu sentimento bendito, maldito ou seja lá qual for a forma que você venha assumir no momento; é soldável, nós te montamos, moldamos.. e pra cada um você é de uma maneira.. e mesmo assim; seu cretino, você tem esse poder, de nos moldar tanto quantos moldamos você.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

receio patológico persistente.

Já tá na hora já. Já passou do momento em que deve-se parar de jogar as palavras ao vento e começar a ouvir seus próprios conselhos. O tempo de restrições já passou. Todos os estágios, sim, você já esteve por todos eles. Acredite, você já é uma pessoa melhor; você já aprendeu, a raiva já se foi e o antigo desejo de ter o que não se pode também. Não dá pra ficar hibernando achando que um alguém vai aparecer e dizer ‘oi, eu sou o verão vim trazer cor e calor pra sua vida’. Muito menos ficar desperdiçando as oportunidades, vai lá bota a cara pra bater. Você sabe bem que quem não arrisca não petisca. Qual é o medo? Acha que ainda existem coisas a serem curadas, que ainda existem feridas; você ainda não sabe esconder as cicatrizes? Duvido muito que exista um momento em que você vai respirar fundo e dizer; to pronto, pode aparecer aí amor da minha vida. Não precisa entrar em desespero, acha que não dá pra conhecer alguém especial em uma balada por exemplo? Eu digo o contrário. Vá além, chute o balde, permita-se. Não to dizendo pra se jogar de cabeça em qualquer relacionamento que apareça. Mas se realmente ainda existe algum vestígio, algum machucado, qual é o problema em deixar alguém te curar?

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Por favor, saia do comum! Diabos, você já parou pra perceber em que tipo de coisa a gente se acostuma? Tem gente por aí acostumado em estar sozinho, em viver triste, gente que se ama tanto que não encontra espaço ou disposição pra amar outra pessoa. Tudo vira costume, rotina. Em determinado ponto até aquela felicidade apaixonada vira tédio. A culpa disso é sua. Já conhecemos os cuidados que devem ser tomados, e que riscos devem ser corridos. Sabemos que não existe bicho de sete cabeças em nada, e mesmo assim ainda bate aquele medinho. Eu acho que as pessoas morrem de medo de ser felizes pra caramba, porque o tempo todo bate aquela sensação de que um dia, a felicidade vai acabar. Aí o ciclo começa de novo, nossa busca desenfreada, desesperada e deliciosa pela felicidade. Alias, se você procurar no dicionário, felicidade é só mais um dos sinônimos de sorte.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

do espanto.

pega a linha, desliga a luz, bota a música pra rodar. dá pra sentir as palavras fluindo? meu amor, você consegue refazer as nossas conversas? pega a linha querido, já a prendeu a tecer? tecer pensamentos, planos e promessas? imagina aqui comigo, vem, vamos sonhar um pouquinho. sabia que momentos bons não geram criatividade pra mim? quando eu entro nessa de curtir o momento, viver a vida e pensar depois, e só se realmente for necessário, fico completamente entorpecida. pra onde vamos, que horas, com quem? nossa, de que importa, vamos ficar juntos e pronto. eu acho que esse tipo de sentimento acalma, enquanto em momentos mais melancólicos o desespero e a raiva trazem mais inspiração.
é a nossa música que tá tocando? nossa música.. porque agora parece que tudo é nosso. parece que até o tempo sente inveja de nós e passa mais rápido. o sorriso é mais sincero, a paciência é divina e o carinho nunca acaba. a verdade é que, se tudo correr bem, a serenidade vai invadir, e mesmo que o tempo corra ou voe não vai ter problema nenhum, a gente sabe que tem todo o tempo do mundo.
imagino que se nos perguntassem no passado, nenhum de nós dois iria acreditar no que está acontecendo; na verdade eu tenho sérias dificuldades em acreditar ainda. é dificil ver que eu achei uma pessoa tão maravilhosa em um lugar tão banal e ordinário. entender que dar uma chance ao acaso, se permitir que as coisas fluam é possivel e melhor, pode ser indiscritivelmente bom. enfim, botar em prática tudo que venho dizendo exatamente aqui.
confesso que em alguns momentos eu morro de medo que você me ache boba ou precipitada de alguma forma. mas devo dizer que se isso acontece a culpa é unica e exclusivamente sua; eu não pedi pra ficar rindo a toa de qualquer coisinha, ou de ter vontade de dizer o tempo todo o quanto você é tudo que é.
no fim das contas, por sua causa eu entendi o porquê de toda aquela fase ruim. não sei como não pensei nisso antes. seria impossivel encontrar o arco-íris, se a tempestade não viesse.. e mesmo sem saber quando o tempo vai ficar ruim de novo, por enquanto só posso (e só quero) agradecer e admirar a beleza desse meu arco-íris.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

literato.

qualquer um escreve. qualquer um consegue fazer um amontoado de palavras bonitas separados por pontos, virgulas e exclamações. acredito que os escritores saibam bem disso, não é necessário intelecto para tocar o coração de alguém com palavras, ás vezes nem é preciso usar as palavras certas.. escritores são organizados, eles podem até usar as palavras erradas, mas sempre na ordem certa. faxineiros, secretários de palavras.escritores, sendo eles bons ou ruins são completamente drogados. eles guardam em si um tipo de admiração absurda pela melancolia, de forma a faze-la parecer magnifica e até poética. viciados por palavras; dominados e dominantes. como um domador de leão que ao mesmo tempo que bate no bicho o alimenta e o enche de carinho para que o mesmo não se volte contra ele. se possível, os escritores as tomariam no café da manhã, as injetariam em suas veias, as fumariam em seus charutos cubanos. escritores são ao mesmo tempo românticos incontestáveis e péssimos amantes. eles sabem bem que as palavras abrem portas e pernas para quem sabe usa-las. se existe algum real instrumento de sedução é o dicionário e uma boa faxina, que organize os termos na ordem certa. uma arma letal, independente de qual seja a guerra. escritores estão sempre fadados ao fracasso pois nunca conseguirão falar sobre algo específico. um texto só de amor, felicidade, ciúmes, já que as palavras são sempre ambíguas de mais, e para tudo existem no mínimo mil interpretações.. nunca agradarão a todos. sempre têm a sensação de que algo está faltando, de que poderia ser melhorado..

de uma maneira bem resumida e meio vulgar, escritores são fodas.

domingo, 21 de novembro de 2010

possessividade

então fechei os olhos e pensei 'poderia ficar assim pra sempre'; mesmo morrendo de medo, falei isso em voz alta. ele concordou com a cabeça e perguntou 'só até pra sempre?'. eu quis que ele dissesse outra coisa, quis que naquele instante ele tivesse me mostrado que fez o dever de casa, falasse pra mim que se ele fosse meu, poderíamos ficar assim pra sempre. queria ouvi-lo dizer; eu posso ser seu arco-iris, todos os seus valetes juntos, seu amor, sua coisa maravilhosa, seu cheirinho bom depois que a chuva passa, sua vontade de emendar um beijo no outro por não conseguir pensar em nada mais gostoso no mundo, seu príncipe, seu Guilherme em carne e osso! posso ser um pássaro branco que traria de volta a sua visão, pra te mostrar todas as coisas tão lindas quanto você nesse mundo, e depois para que possamos ficar cegos juntos, e cantar igual bobos um para o outro sem nem pensar mas em voar ou precisar ver mais nada. juntos teríamos tudo, pra que você quer ver o resto do mundo, se eu posso ser seu?
acho que isso não passou pela cabeça dele. acho que ele não teria coragem de mentir pra mim desse jeito, ele é extraordinário de mais para ser baixo ao ponto de me afirmar esse tipo de coisa. até porque, por mais que eu queria; e por mais que ele tente me convencer, ele não seria meu. da mesma forma que eu nunca seria dele.
não tem como alguém ser de duas pessoas. eu já sou de mim mesma, como eu posso ser de você também?

terça-feira, 9 de novembro de 2010

sobre (bons) amigos

deveria haver um juramento 'eu juro, pelos meus princípios, pelo respeito ao próximo, pela minha grandeza de espírito que não usarei de má fé à aqueles que foram bons comigo'. deveria haver algum tipo de regra invisível imposta pela sociedade que fizesse que as pessoas fossem recíprocas; pelo menos quando se trata de amizade. claro, evidente, cristalino que isso não acontece. nossa, nada mais comum do que a MINHA necessidade de me dar bem, de favorecer o meu lado. afinal, peraí né.. o que eu ganho sendo bonzinho? eaí queridas? vocês estão cheias de princípios, orgulhos, raivas contidas; enquanto eu pouco me preocupo. não tá vendo que eu olho de cima? todas vocês tão menores que eu, tem que levantar muito bem a cabeça pra falar comigo, tem SIM que dizer amém ao que eu digo; e sabe qual é o melhor? se vocês não fizerem, há quem faça. eu percebi cedo, minhas queridas que as palavras estão aí, pra te seduzir; se você as usa ou não ao seu favor.. aí não fica ao meu critério. ao meu critério só fica a distorção. percebem que eu to falando no feminino né? parece até que esse post é destinado a algum grupo especial, mas não é. to falando da humanidade, de toda a raça humana. das pessoas, que ainda não aprenderam quem é o verdadeiro sol do mundo.
bom mesmo sou eu; amigos vocês são de mim. já a recíproca..

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

sutil.

daria a você o canto rouco e cheiroso de quem acaba de acordar. os dois últimos goles de cachaça, e a raspinha queimada do bolo de inhame. daria a honestidade de um jogador de poker, os valores morais de Dilma Rousseff e a seriedade do Tiririca. ofereceria a lealdade de uma cobrilha colorida e te daria a oportunidade de fazer uma coleção de galhos! o que seria muito mais útil que armada e mais bonito que qualquer pinacoteca. mentiria coisas maravilhosas todas as vezes que você quisesse, precisasse ou toda vez que me desse vontade. não me preocuparia com o sua pele semi-branca exposta ao sol, tá vendo? te daria liberdade! se os tempos fossem outros, você teria a nata e o trigo, mas acho que farinha de rosca feita de pão dormido até que serve. daria muito mais que atenção e simpatia aos teus amigos. entregaria a você a maior ilusão de carinho que o mundo já viu. e pra não falar que eu não ofereci amor, te darei tooooodo o amor que existe dentro de uma caixinha de biscoito amanteigado. viu só, nada lhe faltaria..
pensando bem, não conseguiria dar nem metade desses presentes. você é realmente um felizardo, por encontrar alguém que pode te oferecer isso tudo. só posso me surpreender com a sua sorte, e torcer pra que ela permaneça sempre assim, lindinho!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

r:

se por um momento precisei de um tempinho pra pensar, hoje não preciso mais. não faço mais questão de tentar responder perguntas que sempre surgem, pelos mesmos motivos de sempre; porque coisas ruins acontecem com pessoas boas? porque você confia de mais em quem não devia? porque você gosta da pessoa errada? porque você se decepciona?
e por mais que apareçam respostas a impressão que dá é que elas nunca estão certas. as coisas acontecem porque devem acontecer; tudo acontece com todos, o mundo não é justo; pessoas boas também tem que sofrer. confiar em quem não merece é estupidez; você é burro; essa pessoa é infantil, covarde, dissimulada, desleal, incorreta, néscia, falsa, leiga, infantil, infantil, e você por algum motivo decidiu fingir que não via isso. a cabeça não escolhe, o coração é quem diz quem a gente gosta ou deixa de gostar...
eaí? as respostas estão aí. elas são boas o suficiente para você? e mesmo se fossem de que adianta? você vai fazer o que com elas, escrever num livrinho? muito, paulo coelho da sua parte.
vejo que as respostas não adiantam de nada. que cada caso é um caso. a maneira com que você lida com os seus problemas determina quem você é; vai lá, vira piranha depois de um fora! ou então vira uma pessoa fria, ou pior vira uma sentimentaloide mega carente; apela para os extremos, vive do jeito que você quiser. porra a vida é sua não é?
agora, respeita o tempo. respeita muuuuito, porque se ele faz esquecer também faz lembrar. pensa nisso quando for dar o trabalho á ele, deixar que ele mate os seus problemas por você em vez de ter encara-los. se acha mesmo que o mundo não te afeta, que dá pra deixar as coisas de lado.. pensa bem. a palavra relembrar existe. reesquecer não.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

um passarinho verde..

era uma vez um passarinho verde. ele não sabia nada da vida, tão imaturo, inexperiente, julgava-se conhecedor das belezas do mundo e imune a elas; dizia ser uma pedra. cantava sempre que queria, atraia outros passarinhos com seu canto. depois se cansava desses passarinhos, desafinava ou então parava de cantar de vez. os poucos que entendiam sua tática permaneciam, viravam amigos fieis, e para esses o passarinho verde reservava os seus mais belos cantos no momento que lhes fossem necessários e até nos momentos que não fossem. já os parceiros no amor não duravam muito, o passarinho era exigente e enjoava muito rápido. ás vezes até se fazia de vítima afirmava que o seu canto era o mesmo e que se não estivesse satisfeito a culpa não era dele, chorava ao ouvir coisas como 'então você não tem o que eu quero', mas no fundo havia pedido por aquilo, esperava o ex-parceiro voar e se reconstituía. voltava a cantar, ver as belezas do mundo.
num dia ensolarado desce do céu um pássaro negro. todo negro. penas negras, olhos negros como os de nenhum outro e sempre brilhantes. o passarinho verde começou a cantar mas parou rapidamente. o pássaro preto piou. nos ouvidos do passarinho verde; melodia. pensou em todas as coisas ruins que ele poderia ser: um corvo, um urubu.. mas com esses olhos? então o pássaro negro olha nos olhos do passarinho verde. nesse momento ele fica cego, desnorteado, apaixona-se.
- percebi que você é maravilhoso, passarinho verde, canta pra mim?
o passarinho verde cantou. cantava sem parar, sem nem saber se o pássaro preto continuava lá, mas ainda assim cantava para ele. por vezes sentia as assas grandes do pássaro preto envolvendo-o e cantava ainda mais alegremente. até que um outro dia ensolarado nasceu. brotou do chão a Fenix, alguns dizem que é a ave do diabo, talvez tão sedutora quanto o dono. o pássaro preto olha para baixo e a vê, fica hipnotizado. não sabe-se dizer se ficou pesaroso quando deixou o passarinho verde. provavelmente não, ele ainda enxergava, ainda via o mundo; já passarinho verde não, apenas vivia de cantar para ele, e ainda assim sabia que se o deixasse assim que voltasse o passarinho verde continuaria alí cantando; fizera isso antes, várias vezes.
o pássaro preto voa em direção a ela, se aproxima, fica cego, apaixonado. nesse momento ele vira passarinho, começa a cantar para a Fenix. por vezes até pensou 'queria ouvir o passarinho verde cantar de novo, mas estou cego, não sei mais o caminho', ou talvez não, talvez cantasse demais para pensar em algo.
ela o guiava e eles voaram juntos. o passarinho verde continuou a cantar. até hoje não sabe-se dizer se um dia a Fenix deixará o seu passarinho preto cantando em um galho qualquer e sairá batendo suas assas pra sempre. sabe-se apenas que ela o faz, mas sempre volta. estar sempre com o passarinho preto pouco importa, pois, ela sabe que o passarinho preto agora é cego, e mesmo com ela longe continuará cantando por ela.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

que delícia.

ele passou correndo esbarrou no meu ombro, pediu desculpas, sorriu e voltou a correr. ele ficou sentado lendo jornal numa cafeteira em copacabana, bem ao lado do sebo onde eu compro os meus deliciosos livros com cheirinho de literatura antiga. ele comprou uma porção de batatas fritas e uma coca grande; falava de boca cheia, arrotava e dizia que o juiz que apita o jogo do (meu) botafogo é um filho da puta. ele me viu do outro lado da lanchonete e reconheceu que eu era a menina do esbarrão, olhou nos meus olhos como quem pede desculpas novamente. voltou a comer suas batatitas. não bebia a coca, a degustava, como se fosse vinho. 'conheço bem esse tipo de prazer estúpido' pensei, 'achava que fosse a única.' seu amigo chega, com uma camisa do vasco, eles se chamam de viado, mas eu duvido muito. continuo fingindo que digito no computador enquanto o observo. o normal seria dizer que tinha traços harmoniosos, barba bem aparada, óculos que indicassem mais intelectualidade. não vou mentir. seus traços eram brutos, grossos, quase assustadores. sua barba (é claro que ele tinha barba) apresentava uma falha no queixo e estava por fazer, quase como se suja. não existiam óculos, seus olhos eram quase estúpidos. havia também uma cicatriz vertical que descia do topo da sobrancelha até um pouco antes dos cílios, quase que grotesca. o vasco faz um gol. ele se irrita, degusta mais um gole de coca com os olhos fechados. a cicatriz olha para mim. ele procura algo na sua maleta, deve ter saído do trabalho e vindo pra cá ver o jogo. retira um cigarro e um isqueiro. seu amigo rí dele, por um motivo que desconheço. acende o cigarro. seu isqueiro é automático, personalizado. a imagem nele é o rei de ouros. me pergunto se ele se chama Júlio, se sabe o que o rei de ouros significa pro mundo inteiro, se teria curiosidade de saber o que a carta significa pra mim. ele fecha os olhos enquanto traga, quer sentir a nicotina e todo o percurso que ela irá fazer. não fuma por vício, ele domina o cigarro, fuma por prazer. solta a fumaça e a observa. esqueceu do jogo, sabe que o (meu) botafogo vai perder mesmo. traga de novo, dessa vez de olhos abertos. queria saber o que ele pensava naquele momento. como ele vê o mundo. será que o nome dele é Júlio Cesar? solta a fumaça. gol do botafogo. 'el loco porra!' eu penso. ele apenas sorri, sereno. com todas aquelas caracteristicas extremas e rudimentares, drogado e marcado pelo tempo. quase poderia ser feio, quase. 'esse aí já encanta com os defeitos' pensei 'tomara que não tenha qualidades.'

domingo, 19 de setembro de 2010

huum..

eu não faço poesia não. eu posso te prometer carinho, palavras bonitas e mentiras. só isso. espero que seja o suficiente. até porque eu não sei nada sobre o amor. tive amores eternos que duraram 3 meses, quantas não foram as vezes que me peguei dizendo que nunca gostei tanto de alguém só para que aparecesse outra pessoa me mostrando que é possível gostar mais, que não tem um limite. deve existir uma hora que de tanto botar o coração pra funcionar ele fica cansado e desgasta. em um dado momento ele fala 'chega, agora eu só posso bater por esse corpo'. então pergunto 'mas brincar ainda pode?'. ele respira fundo e diz 'só não vale brincar de pique pega, não tenho gás pra esse tipo de coisa'.
ha, pois é eu mantenho conversas constantes com o meu coração, deviam ver as merdas que ele fala, um verdadeiro palhaço.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

tá ficando bom.

imagina querido que esse é o começo. e se fosse? e se essa é aquela época cheia de borboletinhas no estomago e olhares furtivos? ou então aquela época liiinda em que qualquer coisa feita, qualquer coisa mesmo já é muita coisa, já é uma aproximação.
consegue imaginar que talvez, daqui há um tempo podemos estar rindo juntos do começo da nossa história. sim; juntos, nossa história. ou não, haha, possivelmente não será nada; possivelmente esse momento veio como uma injeção de energia, para que eu possa ter em quem pensar por um tempo mesmo que seja só por esporte.
imagina amor se a gente se conhecesse? se ficassemos juntos, desvendássemos as histórias um do outro?
e se você fosse a pessoa pela qual eu devesse ter esperança, mesmo que tudo indique que não vá acontecer absolutamente nada?
e se eu não acreditar e perder a oportunidade? e se amanhã acordar e descobrir que estou novamente apaixonada por mim mesma e não há quem me faça tão bem quanto eu? e se surgir outra pessoa que não tinha nada com isso, que eu nunca imaginava, que eu nunca nem pensei e puff; acontece.
imagina se você vira o meu arco-iris, meu valete de copas, se eu viro a sua dama de espada; se você vira o anjo com que eu sonharia toda a noite, já que o nome de anjo você já tem.
imagina se a gente se apaixonasse?
muito fácil né? dá pra se apaixonar só pela possibilidade de se apaixonar por alguém.
ou não.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

valete de copas.

se eu pudesse faria um poema pra você. diria tantas coisas lindas amor, tantas declarações. se eu pudesse faria de você minha felicidade, meu arco-íris, meu super homem. com as coisas sem graças do jeito que estão, nossa.. eu iria além e faria de você um propósito, uma motivação para que os meus dias fossem melhores; para que eu fosse uma pessoa melhor. eu queria poder crescer com você, queria um dia ter alguma das qualidades maravilhosas que você tem e eu tanto adimiro. às vezes eu sonho baixo e desejo ter uma versão piorada de você.. qualquer um que seja igual a você, mas tem que ser você. não vale nada que seja muito abaixo disso, já melhor do que você, só se fosse eu e você. se pudesse eu girava o mundo, eu fazia música, eu escrevia.. se eu te tivesse comigo, querido, inventaria palavras novas pra descrever o sentimento; se eu um dia tivesse a sorte de dizer que você é meu, faria da sua felicidade a minha meta principal já que eu não precisaria de mais nada além de você. amor, por você eu reinventaria o amor. você não precisaria se preocupar, ter inseguranças.. e o porém seria apenas um; me aceita. aí eu vou ter o poder de te provar que isso não são apenas palavras.

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cada dia que passa eu percebo o quanto eu sou completamente apaixonada pelo amor. falar de amor é tão bom.. não se engane, todo o mal que ele trás não se compara com a felicidade que alguém sente quando ama.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

ninguém entendeu mesmo.

eu tentei de todas as maneiras. acho que o erro já começa aí.. às vezes parece que eu esqueço quantas pessoas são necessárias numa relação. de que adiantaria eu dar 1000% da minha paciência, do meu carinho se o outro não fizesse um esforço parecido? mas percebi que acabei digerindo essa situação ruim em vez de simplesmente tentar esquece-la.. ou melhor, esquece-lo. se eu tivesse fechado os olhos, tuudo pelo que passei teria sido em vão. aprendi. cada um ama do jeito que é capaz; sim amor é uma capacidade e não um sentimento.. mas mais que isso, se a sua capacidade de amar, for menor do que a minha expectativa... pode ter certeza, o relacionamento vai começar com prazo de validade.. daqueles que duram mais um pouco quando colocados no freezer, mas que acabam perdendo o gosto mesmo assim. e não importa o quão capacitado você seja, esse jogo é coletivo. quando um não quer, dois não ganham.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

leite derramado.

eu queria ser poeta.. sou capaz das coisas mais incriveis. quem me vê de longe não acredita, devem achar que eu sou só mais um adolescente qualquer querendo chamar atenção. talvez seja isso também. mas quem me conheçe um pouco sabe que sou muito mais que isso. já me viu falando de amor? já me viu apaixonado? a gente percebe parte da grandeza das pessoas quando vê a coragem que elas têm ao entrarem em um relacionamento, depois de já ter amado muito outra pessoa. quem me conhece muito, torce por mim porque sabe que nem sempre as coisas são faceis. o mundo é hipocrita de mais, as aparencias falam alto de mais. quem me conhece muito quer que eu faça coisas grandes, magnificas, milenares; porque sabem que eu sou capaz, que sou muito mais do que mostra a superficie.
mas essa tal superficie não é infundada. em momentos eu sou sim, exatamente o que pareço ser. pois é, as aparencias enganam mas a capa tem sempre alguma coisa a ver com o conteúdo do livro.
eu quero ser poeta. mas ainda sou Peter Pan; e nem vem me dizer que está na hora de amadurecer e crescer, Wendy, porque eu não escuto ninguém.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

de fora da caverna.

podem ficar tranquilos que eu não vou começar um discurso revoltado de como esse mundo capitalista da porra que nós vivemos nos aliena e faz com que as pessoas mais sensatas acabem caindo em tentação. por exemplo no comercial do carro, eu quis a ovelha nuvem; no de absorvente eu quis o homem de barba que fica babando pela mulher lá; no da kappo eu quis o mundo mágico. talvez eu goste de querer coisas erradas.. doença comum não?
mas enfim.. cara, a publicidade, é sem dúvidas um dos meios mais criativos de todos os tempo, provavelmente você já achou uma sacada super brilhante as propagandas do hortifruti por exemplo. acho que foi por isso que por um tempão eu queria ser jornalista. eu confesso; sou uma pessoa horrível. toda a arte da manipulação, e todo o poder que a midia tem é encantador. eu queria ser aquela pessoa que dá as informações mastigadas para os trabalhadores cansados que não tem tempo de digerir e criar uma opinião sobre nada. quero usar as palavras pra seduzir já que elas estão aí exatamente pra isso.. e usa-las a meu favor.
mas como eu mesma disse, até há um tempo eu queria ser jornalista. até perceber que existe um meio muito mais influente. mais repressor. a escola.
tem gente que diz que não. sou filha de professora e se falo isso pra minha mãe a discussão iria até o sol raiar, mas dependendo da maneira com que você repara nas coisas tudo se encaixa. existem escolas por aí com grades, correntes, uniformes, cameras; e o pior isso é completamente normal. a gente passa vários anos convivendo com regras que somos obrigadas a seguir mas na hora de contestar ninguém sabe de nada. é repressão sim! porque você não queria acordar cedo, você não queria estudar sociologia e você queria ter uma professora na moda; mas mesmo assim a gente é obrigado a aceitar. porque sem estudar, você não é nada, não é isso que dizem? conhecimento é poder! tecnicamente a escola te liberta, te prepara pro futuro; e no caminho enquanto faz isso, está lá, moldando a sua maneira de pensar e a gente nem vê. eles entopem a gente de poder, nem sabemos pra que serve, como se usa, se é de comer.. a gente joga ele fora.. tá se sentindo uma marionete super homem?

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melhoras miguxa!

hihi, hihihi.

- Ah é? E você vai fazer o que um texto?
- Aposto que se fizesse, o faria tão bem que você iria le-lo até o final, mesmo que fosse te ofendendo.
- 'o faria', le-lo' você se acha muito inteligente, enquanto eu sou burro.
- Eu não te acho burro, só te acho um muleque, idiota e estupido. Na verdade, eu acho que às vezes você pode até saber do que você tá falando mas os seus argumentos são tão escrotos que ninguém te leva a sério. Pra mim você não é burro, só um mediocre sem opinião critica.. se bem, que no seu lugar, talvez eu também preferisse me fazer de burro.
- Você pensa que é quem pra falar assim de mim? Você acha que é grande coisa né?
- E você acha que eu preciso ser grande merda pra falar alguma coisa de você? Beleza, você é bem maior que eu, pode me quebrar se quiser.. tudo bem que isso só faria de você um covarde, mas de fato na mão eu não ganho de você. Por isso que você tenta ganhar tudo no grito, fala alto acha que aqui é a lei da selva.. Porque se for manter uma discussão saudavel com qualquer um aqui não iria ter essa força toda... Mas às vezes eu tento me colocar no seu lugar. Você sabe que pouca gente gosta mesmo de você não é? Tem conciencia de que a maioria das pessoas estão só te aturando.. Aí quando alguém rí de você é bom né? Pelo menos é alguma atenção que você recebe.
- Amiga, você está sendo cruel..
- Tem razão, de que adianta falar tanto né? Quando a pessoa com quem a gente conversa não consegue nos compreender é melhor ficar calado.
- Pelo menos eu sou feliz!
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HAHAHAHA, minha imaginação é super fertil né? escrevendo assim parece até que é pra alguém específico.♥
mas se de fato fosse, imagina assim, se fosse pra você. acho que acabou lendo até um pouco depois do final não é?

domingo, 8 de agosto de 2010

valor.

não dá pra negar que as pessoas só dão valor a certas coisas depois que perdem. mas eu imagino qual principio leva a gente a dar valor as coisas. por exemplo, eu sei que tenho amigos que hoje em dia eu valorizo por não conseguir imaginar a minha vida sem eles; que eu valorizo pois sinto saudade e por morrer de medo de que por algum motivo escroto do destino eu acabe me afastando dessas pessoas que tornam a minha vida mais colorida. então acho que nesse caso, valorizo por medo de perder. mas acredito que tenha algo maior por trás disso. talvez, hoje em dia o valor que dou às pessoas tenha alguma coisa a ver com o valor que foi atribuído à mim. quero dizer, eu já perdi pessoas. e também já fui perdida por pessoas.. ser desvalorizado faz com que a gente valorize mais.
agora eu me pergunto, porque diabos eu estou aqui, perdendo o meu tempo falando de valor num país em que uma nota de um real é mais rara do que uma de cem. talvez alguma coisa esteja errada..

quarta-feira, 28 de julho de 2010

marcelo.

puff, querem saber como está sendo brasília né? pois bem.. até que ficou legal. sabe, eu sou totalmente contra usar o blog como uma espécie de diário. mas foda-se, eu escrevo aqui o que eu quizer..

me diz, de que adianta as oportunidades se você não as aproveita? não vou te criticar querido, mas quem sabe, se você tiver sorte a gente não se esbarra de novo. HAHAH, mentirinha! eu tenho certeza de que vou te ver de novo.. sabe-se lá quando, mas vai acontecer. pode ficar tranquilo que eu não vou me esquecer dos seus olhos pretos magnificos, da sua barba espetacular e da sua careca brilhante.. alias, não fique tão tranquilo assim... porque eu já esqueci seu nome. mas sempre que me lembro de você o nome Marcelo surge na minha cabeça, então de agora em diante esse vai ser seu nome. gostou? *-*
alias, estou pensando aqui no nosso proximo encontro.. será que vai ser igual os ultimos? tomara que sim.. e que não. na verdade, tomara que seja beeeem melhor. até porque eu tenho certeza que você não viveu trinta e dois anos nessa rapidez toda. (alias, amor, você tem idade pra ser meu pai.. um pai bem.. enfim, já pensou nisso?) huum, talvez seja domingo! talvez seja na caravana Botafogo-Goias..
talvez não seja nunca mais.. de qualquer forma tem sido inacreditavelmente, imensuravelmente incrivel sonhar com você.
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SAUDADES MIL DOS MIGUXOS.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

pote de ouro

pensei em alguém. dormi, sonhei, pensei em alguém. digo alguém porque 'você' é direto e pessoal de mais, enquanto 'alguém' ainda está por vir. vem; porque quando a esperança para de jorrar e começa a decer contando gotas você aparece, reaparece ou simplesmente para de se esconder.. porque talvez você, ou melhor, alguém esteja aqui.. bem de baixo do meu nariz.
vamos querido, eu quero desfilar com você por aí. ter orgulho de ter tido a sorte de te encontrar. te dizer que eu odeeeeeio quando você compra briga, mas sentir falta até de brigar quando você tá longe. não me entenda mal, eu não quero loucuras.. não quero mares de lágrimas, figurinhas repetidas, japas com filhas, nerds de computadores; não quero ser fura-olho, segunda opção muito menos descartável.. isso aí eu já conheço.
eu quero entrar numa pra vencer, e quero que lutem comigo. quero ficar cansada e querer desistir e ter alguém me apoiando pra seguir em frente. quero que a dintância, a saudade, a falta de dinheiro, de compreenção e o egoísmo vão pra.. bem longe; porque eu não preciso disso nos meus proximos relacionamentos. eu não quero só flores. não to procurando o pote de ouro e o duende mágico da sorte do outro lado do arco-íris.
eu quero que você seja o arco-íris todo.

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sim, está meloso e vai permanecer assim porque EU GOSTEI.

terça-feira, 13 de julho de 2010

sem titulo.

céus, hoje eu fiz mil coisas. mas tinha mil e uma pra fazer. cheguei em casa cansada, fedendo, estressada e achando que ia morrer intoxicada (porque o hamburger que eu comi na rua estava cru). aí o meu cachorro veio rebolando, cheio de pelos e poeira da obra do meu quarto, pulou na minha perna e sujou minha saia; o odio cresceu dentro de mim. depois eu descobri que não tinha miojo pra comer, e que estavam faltando 2 cartas no meu baralho preferido. ou seja, o apocalipse.
ai eu entrei no msn, falei um pouco com algumas pessoas até que, como numa reação em cadeia ninguém mais me respondeu. pensei 'o mundo não é rosa, ele é cor de cu' (se é que cu tem uma cor definida), e a minha tevê a cabo só pega sportv.
se eu fosse emo, teria cortado meus pulsos com uma serra eletrica. mas não, sensata e otimista que sou, pensei 'vou tomar um bom banho e dormir'.
liguei o gas, fiquei embaixo da agua. 5 minutos. 10 minutos. 15 minutos. (foda-se a agua do mundo) 20 minutos. A AGUA FICA FRIA DO NADA. me irrito, grito com todo o estresse reunido no dia; AAAAAAAAAAAAAAAAH, PORRA, TÁ BRINCANDO COMIGO?
a agua volta a ficar quente, me sinto forte, poderosa e aliviada.
às vezes a gente tem que falar alto sabe? mostrar pro mundo, quem manda.
ou pelo menos quem acha que manda.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

nonsense

Hoje eu vou variar um pouco, chega de falar de amor né? Ninguém aguenta mais, ver o amor por todo lado, deixando as pessoas bobas e cheias de sorrizinhos; ou pior, vendo o amor maltratando tanta gente. Não, vamos falar da rotina?
Juro que não entendo porque tanta gente odeia tanto a rotina. Porque o mundo tem tanto medo do tédio a ponto de preferir se juntar a qualquer pessoa, a qualquer grupinho futil só pra fazer contatos novos a cada dia.
Tudo bem, pode até ser que eu esteja generalizando, quer dizer; conhecer uma ou outra pessoa nova é bom, fazer coisas novas em lugares novos. O mundo é grande, tem muito pra nos oferecer. Mas e o conteúdo? Não só o conteúdo das pessoas que você conhece, mas os principios que você passa a ter pela convivencia com certas pessoas. Vamos lá, deixa a hipocrisia de lado e adimita que você não é tão cabeça forte assim. Adimite que depois de passar muito tempo com alguém você acaba absorvendo caracteristicas, ou criando nojo por determinadas coisas.
Não ententendo porque o medo da rotina muda tanto as pessoas, não entendo qual é o grande problema em ser normal, em gostar de coisas idiotas, em usar óculos estranhos mas, confortáveis. Pode até me chamar de mediocre por não entender tantas coisas, ou de hipócrita por acreditar que o conteúdo das pessoas é de fato muito importante. Sabe porque? Porque apesar de me importar com o que você pensa, eu sei bem que você não me vê como eu sou, você me vê do modo como você é. Então.. talvez, você que me acha mediocre e hipocrita seja uma daquelas pessoas futeis que eu tão carinhosamente citei acima.
que as devidas carapuças sejam vestidas.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

30/06/10

GANHEI UMA FESTA SURPRESA, YEEEEEEEEEEEEEI!

e fiquei feliz, por ver pessoas tão distintas e tão incríveis me fazendo feliz. tão feliz que as palavras que normalmente são minhas aliadas fugiram completamente. eu só choro; de alegria, pura e genuína alegria. acho que precisava disso, um pouco de ar fresco, me jogar no chão de felicidade, querer a todo segundo abraçar alguém e agradecer ao mundo, por TUDO que eu tenha passado pra que naquele momento eu estivesse com vocês. eu sei que não devo agradecer; que amizade e sentimento não se agradece, se vive e retribui. mesmo assim, muito obrigada.

foi há um tempinho já, e confesso que agr que a poeira baixou um pouco que eu consegui organizar meus sentimentos e escrever alguma coisa. mesmo assim, tá dificil. tem gente que diz que nós precisamos sofrer muito pra valorizar a felicidade, pra de fato aprender a ser feliz com amigos e pessoas que nos querem bem em vez de passar um tempo vivendo de paixonites e coleguismos.. mesmo que estes venham a nos divertir por um tempinho, é fase sabe? passa..
de qualquer forma percebi algo diferente. não vou desabafar toda a minha teoria cor-de-rosa do quanto a vida é linda, vou ser simples e direta.
aqueles dias que a gente acorda e vê o mundo com nuvens de algodão doce e cheirinho de rosas, eles vem e vão né? é aquele vulgar 'bom humor'.. mas a gente quase não percebe. é tão mais normal a gente se pegar dizendo 'que dia de merda' do que; 'que dia maaaaravilhoso'. e ao meu ver, não é porque você é um escroto da porra que tem mais dias bons do que ruins.. a gente repara mais nos ruins. nos desesperamos quando encontramos qualquer infelicidade ridicula, mas na hora da felicidade não é assim.
quantas vezes você já sentou com os seus amigos e pensou 'nossa, eu sou muito feliz, eu tenho muita sorte, meus amigos são lindos, maravilhosos..'? quantas vezes você já bebeu uma coca-cola beeeeem devagar, degustando, (tudo bem que eu sou uma das poucas idiotas que fazem isso) valorizando uma coisa tão banal como uma coca? eu não preciso ser nenhuma filosofa pra dizer que a felicidade está nas pequenas coisas, mas então, porque todo dia você deixa elas passarem despercebidas? a felicidade é mais intensa, quando a gente sabe que é feliz. já pensou nisso?

domingo, 27 de junho de 2010

(des)acreditar

eu não acredito no amor, e tenho motivos para convir que o mesmo também não acredita em mim!

claro que não fui eu que disse isso. apesar de entender o sentimento. digo, sem vergonha que há muito tempo não me relaciono com ninguém. ou melhor, não me relaciono bem com ninguém. vejo uns estranhos passando pela minha vida.. alguns, confesso, maravilhosos estranhos; mas sinto falta de uma coisa concreta acontecendo. e não me entendam mal, não estou falando de namoro ou coisas do gênero.. se estivesse louca atrás de um barbudo colocava um anuncio no jornal. to falando de sentimento. e ao mesmo tempo que torço para que algo aconteça, pra que alguém tire a monotonia dos dias e para que eu possa ter um propósito mesmo que seja bobo pra acordar ansiosa; morro de medo. medo, porque passei tanto tempo amando, simplesmente por amar que temo por mim mesma o dia que esse sentimento seja recíproco.
já desacreditar não. é melhor.. mais fácil. quando não se espera por nada qualquer coisa que vem é lucro. sem falar que normalmente o amor é traiçoeiro, vingativo e odioso. pra amar tem que sofrer, não há poréns ou talvez. ninguém ama pouco ou pela metade. infelizmente, ou talvez felizmente ele vem no pacote completo. ele é sublime, nos engrandesse. até porque, quem não cresce amando não crescerá e ponto. o desacreditado se protege do mal, e do bem também.
então, desacredite, vá em frente.. mas deixe aquela brecha de esperança na qual as coisas maravilhosas encontram a oportunidade de acontecer.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

meu cachorro.

outro dia me falaram que eu escrevo bem. devo confessar que toda vez que ouço algum elogio fico morrendo de medo de escrever de novo. sabe, é tipo aquele beijo perfeito que a gente dá, que o proximo dá até medo de não ser tão bom quanto.. então, des de já peço desculpas.

eu tenho um cachorrinho super fofinho, o nome dele é Gutembergue (vulgo Gut). que é odiado por todo mundo que vem aqui em casa por ser o ser vivo mais carente de todos os tempos. pois é, você entra em casa ele chora de animação abanando aquele traseiro de pompom com um brinquedinho na boca. e por mais que os meus dias estejam apenas passando e nada de bom ou novo acontece não consigo deixar de encontrar uma felicidade meio boba nesse bichinho bocó. ele é totalmente dependente a mim, o mundo dele é um pouco mais que o meu quarto, sala e cozinha. exploração aos seus olhos é andar em volta do quarteirão, e mesmo assim todo dia quando eu chego ele tem o seu pequeno momento de felicidade. pode parecer pretenção da minha parte, mas não é. diferente dos nossos queridos e maldosos seres humanos o meu lindo cachorrinho não mente. não há falsidade nenhuma no momento em que ele sobe na cama e deita nos meus pés, nem quando a minha voz começa a soar um tanto babaca depois de brincar um pouco com ele ('owwwn, meu bebê. vem cá, vem cá.. trás o brinquedinho!').
o vendo tão feliz com tão pouco. a minha simples presença já anima o pequeno ser. ele se maravilha com esse tantinho minusculo do mundo que é a minha casa. mais que isso, ele encontra a felicidade aqui. juro, nessas horas eu me pergunto; como alguém, com tudo que nos é oferecido consegue ser algo menos que isso?
a vida é extremamente, incrivelmente, incondicionalmente; maravilhosa.

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às vezes eu preciso sentir a minha pele sangrar, o meu corpo doer. preciso sentir a tristeza bater, o chão ir embora. de vez em quando necessito de um pouco de lágrimas, de tormenta e depressão. em momentos preciso gritar, mentir, roubar, defamar e por que não usar as pessoas e ser egoísta? entende porquê? porque mesmo sendo má em meio espediente eu sou ser humano 24 horas por dia.
hihi, eu gostei, e fui eu que fiz! *_*

domingo, 20 de junho de 2010

conhecidos.

enquanto me divertia dentro do 455, tive tempo pra parar e pensar em coisas aleatórias.. pensamentos vagos e inconclusivos, então caso não esteja disposto a fazer essa viagem sugiro que pare de ler agora mesmo. Pensei nas pessoas. Pensei no que eu gosto nelas, no que me atrai, no que me tráz admiração.. claro, pensei nas coisas que eu não suporto, em atitudes que eu considero infantis e covardes..
pensei no quanto você precisa saber pra poder de fato bater no peito e dizer 'eu conheço tal pessoa.'.. entendi que conhecer alguém vai além de conseguir listar qualidades e defeitos, vai além de ser capaz de suportá-los e ainda assim conseguir adimirar essa pessoa. Conhecer alguém, é saber que essa pessoa tem uma característica que ela tenta de todas as maneiras esconder; uma característica que faz com que ela seja quem é. Que faz com que essa pessoa x, beba como x. brinque como x. um segredo que faz com que x ame como x, e que ninguém consiga ser igual.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

antes de voltar..

eu quase me perdi. quaaaaase caí na ilusão de que não valia a pena acreditar nesse sentimento. de que ele era traçoeiro, e que pessoas que vivem isso intensamente como eu sempre viví eram idiotas, ridículas. resolvi; vou esconde-lo, serei diferente, vesti a mascara. mesmo sabendo que a mesma era pesada, fria e de certa forma feia; pouco me importei, era o que eu queria. acreditava piamente que se escondesse a verdade dos fatos um dia esses fatos seriam outros e assim a mentira criada viraria verdade e consequentimente a mascara viraria parte de mim.
em algum momento por um motivo desconhecido entendi a ideia maior. eu não era a única que tentava viver com essa tal 'mascara'. os próprios que me passaram a sensação de que o amor não valia nada e o romantismo havia há muito tempo vendido sua alma e por isso nunca mais reinaria sobre nós a vestiam. usavam-a de tal forma que praticamente a soldavam em sua face, mas ainda assim eram mascarados.
percebi que forte não é aquele que luta contra, que é frio e que não sente. muito pelo contrario, forte é aquele que adimite 'amei sim, amei muuuuuuuuito, cresci. aprendi, viví, chorei. e sem hipocrisias.. faria tudo de novo'. forte mesmo é quem tem a coragem de dizer 'apesar de tudo, eu quero amar novamente'. e eu confesso, já fui forte, hoje em dia, estou aprendendo a me fortalecer. vou chegar lá, eu não me perdi. e não quero nunca mais correr o risco de acreditar nessa mascara.