domingo, 27 de junho de 2010

(des)acreditar

eu não acredito no amor, e tenho motivos para convir que o mesmo também não acredita em mim!

claro que não fui eu que disse isso. apesar de entender o sentimento. digo, sem vergonha que há muito tempo não me relaciono com ninguém. ou melhor, não me relaciono bem com ninguém. vejo uns estranhos passando pela minha vida.. alguns, confesso, maravilhosos estranhos; mas sinto falta de uma coisa concreta acontecendo. e não me entendam mal, não estou falando de namoro ou coisas do gênero.. se estivesse louca atrás de um barbudo colocava um anuncio no jornal. to falando de sentimento. e ao mesmo tempo que torço para que algo aconteça, pra que alguém tire a monotonia dos dias e para que eu possa ter um propósito mesmo que seja bobo pra acordar ansiosa; morro de medo. medo, porque passei tanto tempo amando, simplesmente por amar que temo por mim mesma o dia que esse sentimento seja recíproco.
já desacreditar não. é melhor.. mais fácil. quando não se espera por nada qualquer coisa que vem é lucro. sem falar que normalmente o amor é traiçoeiro, vingativo e odioso. pra amar tem que sofrer, não há poréns ou talvez. ninguém ama pouco ou pela metade. infelizmente, ou talvez felizmente ele vem no pacote completo. ele é sublime, nos engrandesse. até porque, quem não cresce amando não crescerá e ponto. o desacreditado se protege do mal, e do bem também.
então, desacredite, vá em frente.. mas deixe aquela brecha de esperança na qual as coisas maravilhosas encontram a oportunidade de acontecer.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

meu cachorro.

outro dia me falaram que eu escrevo bem. devo confessar que toda vez que ouço algum elogio fico morrendo de medo de escrever de novo. sabe, é tipo aquele beijo perfeito que a gente dá, que o proximo dá até medo de não ser tão bom quanto.. então, des de já peço desculpas.

eu tenho um cachorrinho super fofinho, o nome dele é Gutembergue (vulgo Gut). que é odiado por todo mundo que vem aqui em casa por ser o ser vivo mais carente de todos os tempos. pois é, você entra em casa ele chora de animação abanando aquele traseiro de pompom com um brinquedinho na boca. e por mais que os meus dias estejam apenas passando e nada de bom ou novo acontece não consigo deixar de encontrar uma felicidade meio boba nesse bichinho bocó. ele é totalmente dependente a mim, o mundo dele é um pouco mais que o meu quarto, sala e cozinha. exploração aos seus olhos é andar em volta do quarteirão, e mesmo assim todo dia quando eu chego ele tem o seu pequeno momento de felicidade. pode parecer pretenção da minha parte, mas não é. diferente dos nossos queridos e maldosos seres humanos o meu lindo cachorrinho não mente. não há falsidade nenhuma no momento em que ele sobe na cama e deita nos meus pés, nem quando a minha voz começa a soar um tanto babaca depois de brincar um pouco com ele ('owwwn, meu bebê. vem cá, vem cá.. trás o brinquedinho!').
o vendo tão feliz com tão pouco. a minha simples presença já anima o pequeno ser. ele se maravilha com esse tantinho minusculo do mundo que é a minha casa. mais que isso, ele encontra a felicidade aqui. juro, nessas horas eu me pergunto; como alguém, com tudo que nos é oferecido consegue ser algo menos que isso?
a vida é extremamente, incrivelmente, incondicionalmente; maravilhosa.

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às vezes eu preciso sentir a minha pele sangrar, o meu corpo doer. preciso sentir a tristeza bater, o chão ir embora. de vez em quando necessito de um pouco de lágrimas, de tormenta e depressão. em momentos preciso gritar, mentir, roubar, defamar e por que não usar as pessoas e ser egoísta? entende porquê? porque mesmo sendo má em meio espediente eu sou ser humano 24 horas por dia.
hihi, eu gostei, e fui eu que fiz! *_*

domingo, 20 de junho de 2010

conhecidos.

enquanto me divertia dentro do 455, tive tempo pra parar e pensar em coisas aleatórias.. pensamentos vagos e inconclusivos, então caso não esteja disposto a fazer essa viagem sugiro que pare de ler agora mesmo. Pensei nas pessoas. Pensei no que eu gosto nelas, no que me atrai, no que me tráz admiração.. claro, pensei nas coisas que eu não suporto, em atitudes que eu considero infantis e covardes..
pensei no quanto você precisa saber pra poder de fato bater no peito e dizer 'eu conheço tal pessoa.'.. entendi que conhecer alguém vai além de conseguir listar qualidades e defeitos, vai além de ser capaz de suportá-los e ainda assim conseguir adimirar essa pessoa. Conhecer alguém, é saber que essa pessoa tem uma característica que ela tenta de todas as maneiras esconder; uma característica que faz com que ela seja quem é. Que faz com que essa pessoa x, beba como x. brinque como x. um segredo que faz com que x ame como x, e que ninguém consiga ser igual.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

antes de voltar..

eu quase me perdi. quaaaaase caí na ilusão de que não valia a pena acreditar nesse sentimento. de que ele era traçoeiro, e que pessoas que vivem isso intensamente como eu sempre viví eram idiotas, ridículas. resolvi; vou esconde-lo, serei diferente, vesti a mascara. mesmo sabendo que a mesma era pesada, fria e de certa forma feia; pouco me importei, era o que eu queria. acreditava piamente que se escondesse a verdade dos fatos um dia esses fatos seriam outros e assim a mentira criada viraria verdade e consequentimente a mascara viraria parte de mim.
em algum momento por um motivo desconhecido entendi a ideia maior. eu não era a única que tentava viver com essa tal 'mascara'. os próprios que me passaram a sensação de que o amor não valia nada e o romantismo havia há muito tempo vendido sua alma e por isso nunca mais reinaria sobre nós a vestiam. usavam-a de tal forma que praticamente a soldavam em sua face, mas ainda assim eram mascarados.
percebi que forte não é aquele que luta contra, que é frio e que não sente. muito pelo contrario, forte é aquele que adimite 'amei sim, amei muuuuuuuuito, cresci. aprendi, viví, chorei. e sem hipocrisias.. faria tudo de novo'. forte mesmo é quem tem a coragem de dizer 'apesar de tudo, eu quero amar novamente'. e eu confesso, já fui forte, hoje em dia, estou aprendendo a me fortalecer. vou chegar lá, eu não me perdi. e não quero nunca mais correr o risco de acreditar nessa mascara.