quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

receio patológico persistente.

Já tá na hora já. Já passou do momento em que deve-se parar de jogar as palavras ao vento e começar a ouvir seus próprios conselhos. O tempo de restrições já passou. Todos os estágios, sim, você já esteve por todos eles. Acredite, você já é uma pessoa melhor; você já aprendeu, a raiva já se foi e o antigo desejo de ter o que não se pode também. Não dá pra ficar hibernando achando que um alguém vai aparecer e dizer ‘oi, eu sou o verão vim trazer cor e calor pra sua vida’. Muito menos ficar desperdiçando as oportunidades, vai lá bota a cara pra bater. Você sabe bem que quem não arrisca não petisca. Qual é o medo? Acha que ainda existem coisas a serem curadas, que ainda existem feridas; você ainda não sabe esconder as cicatrizes? Duvido muito que exista um momento em que você vai respirar fundo e dizer; to pronto, pode aparecer aí amor da minha vida. Não precisa entrar em desespero, acha que não dá pra conhecer alguém especial em uma balada por exemplo? Eu digo o contrário. Vá além, chute o balde, permita-se. Não to dizendo pra se jogar de cabeça em qualquer relacionamento que apareça. Mas se realmente ainda existe algum vestígio, algum machucado, qual é o problema em deixar alguém te curar?

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Por favor, saia do comum! Diabos, você já parou pra perceber em que tipo de coisa a gente se acostuma? Tem gente por aí acostumado em estar sozinho, em viver triste, gente que se ama tanto que não encontra espaço ou disposição pra amar outra pessoa. Tudo vira costume, rotina. Em determinado ponto até aquela felicidade apaixonada vira tédio. A culpa disso é sua. Já conhecemos os cuidados que devem ser tomados, e que riscos devem ser corridos. Sabemos que não existe bicho de sete cabeças em nada, e mesmo assim ainda bate aquele medinho. Eu acho que as pessoas morrem de medo de ser felizes pra caramba, porque o tempo todo bate aquela sensação de que um dia, a felicidade vai acabar. Aí o ciclo começa de novo, nossa busca desenfreada, desesperada e deliciosa pela felicidade. Alias, se você procurar no dicionário, felicidade é só mais um dos sinônimos de sorte.

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