terça-feira, 18 de janeiro de 2011

só existe em português.

sabe o que eu sinto? exatamente agora, nesse momento? são 5:50 da manhã, está chovendo. eu penso em todas as coisas boas que a chuva trás junto com o seu cheiro e o seu barulho. estou pensando aqui, enrolada em cobertores, com a luz do computador me deixando um pouco tonta.. e sabe o que eu sinto? saudade.
se existe algum sentimento mais ingrato, no mundo, eu não conheço ainda.. ou conheço e ele vive fantasiado de saudade; acredito até que um de seus maiores poderes é de parecer um mal inesgotável, já que a sensação que dá é que ela nunca acaba e só se prolonga.. não tem desculpa ou motivo, sentimos saudade de tudo; conversas, brigas, cheiros, abraços. ela nos faz tão mal.. desola, nos deixa sem cabeça.. e ainda existem aqueles sensatos -ah merda com os sensatos!- aqueles que dizem que ela nos eleva, nos engrandece, que tudo nos faz crescer. se tudo é tão poderoso assim que a vida seja bolo de laranja, que irei crescer do mesmo jeito, mas sem saudade!
ela existe só pela vontade que temos de fazê-la ir embora. de estar de novo com um pai, o irmão, as amigas, o namorado lindo; ou tudo mundo junto. ela não é boa. e duvide de todo o sensato insensível que tente te persuadir da existência da saudade boa. a saudade é horrível, desgostosa. é o corpo querer, a alma entender e a distância não deixar. ela é a vilã que tortura todas as nossas vidas de mocinhas! e pra quem fala que vingança é um prato que se come frio, eu digo e repito; me vingarei desta saudade, e de tudo que ela me fez passar. a matarei lentamente e aproveitando cada segundo, a torturarei com os momentos mais alegres e vívidos com as pessoas que eu amo; porque eu sei, assim que tiver oportunidade, ela voltará a me assombrar.


tendo isso dito, admito aqui ser uma sensata quando não estou apaixonada. - que como podem perceber, não é o caso.

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